terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Procura....(1)

Minha mãe sempre falava: minha filha, qd andar na rua não fique distraída, preste atenção ao atravessar a rua e preste muita atenção com que fala ou com que se aproxima de vc...

E eu estava distraída naquele dia...não notei qd ele entrou na loja...apenas senti um perfume, que sei que conheço, mas não lembrei de onde...mas chamou atenção e procurei de onde vinha...
E foi assim que vi sua silhueta, esguio, alto, mas não o suficiente para que parecesse baixa perto dele, mesmo não estando de salto...
Nneste momento me arrependi de estar de cabelos presos, afinal, eles são bonitos, brilhantes, macios...(ah, maldito calor que me obriga a prende-los)...
Eu poderia tb estar com aquela calça jeans nova, e com aquela blusa salmão que valoriza meu colo...(ah, que mania de sair correndo de casa só para ir pertinho e acabar dando uma esticadinha ao shopping)...
Mas o que eu estou fazendo? Delirando?
Afinal, ele nem tinha olhado para mim, aliás, ele nem tinha me notado...na verdade seu sorriso estava voltado para a vendedora da loja que parecia açúcar no sol de tão derretida...mas ela estava certa...é jovem, bonita, tinha o mundo todo pela frente...deve ser solteira também...
Ele mais velho que ela pelo menos 18 anos, mas não vi aliança em sua mão esquerda...formariam um casal bonito...
Sai da loja encabulada com meus pensamentos, afinal, ficar deduzindo a vida dos outros não me levaria a lugar algum...mas aquele perfume....
Voltei para casa e continuei minha rotina de trabalho e afazeres....mas o perfume não me saia da memória...
No dia seguinte, achei motivo para sair novamente, mas desta vez, tomei cuidado em não sair tão a vontade, me arrumei, coloquei minha blusa preferida, sapato de salto para parecer mais elegante, soltei os cabelos, uma maquilagem leve, afinal, é verão, e fui ao shopping...
Passeie em todos os corredores, entrei em quase todas as lojas, mas nada...não o vi em lugar nenhum...
Sentei na praça de alimentação para tomar um suco de laranja e distraída como sempre ( nunca segui os conselhos de minha mãe) não percebi ele se aproximar e sentar na mesa ao lado.
Meu telefone tocou e qd me virei para pega-lo na bolsa o vi...acho que perdi a cor, pq ele estava olhando para mim e me deu um sorriso gracioso, do tipo "eu te entendo"...acho que ai ruborizei,  senti minhas bochechas pegando fogo e tarde demais notei que meu telefone tinha parado de tocar e eu perdi a ligação...
Terminei meu suco, pois já tinha dado "bandeira" de como ele mexia comigo, levantei para pagar meu suco e ele chegou por trás de mim e disse:
- Deixa que eu pago seu suco. Respondi:
- Obrigada, mas deixa que eu mesma pago...
Dei a nota para o caixa, não peguei o troco e sai rapidamente...(droga, o troco ia me fazer falta, mas estava nervosa demais para ficar brava comigo naquele momento, ficaria qd chegasse em casa)...
Sai para o estacionamento e quase passando em meus pés encosta um carro...o vidro se abre e ele pergunta:
- Aceita uma carona?.......




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